sexta-feira, abril 20, 2007

esquecimentos de miramar

é a dor de não saber ver ou a lamúria de ver demais que tem causado transtornos mentais naquela cabeça. cabeça dura que não sabe mais como se brinca com as palavras. que não conecta mais vida e morte ou que ignora sua vida desejando sempre a morte. o desejo de ouvir os mortos também faz dele uma estúpido prosador. prosador que, no fundo, gosta do que faz e acredita no que faz, apesar de não mais entender suas principais funções, ou antes, apesar de questionar (a necessidades d)as funções do seu trabalho. uma mente em crise constante, melancólica e nostálgica. no sentido melancólico e nostálgico que um velho puteiro, caído aos pedaços - fragmentos da luta que o tempo media - tem. é a dor de não ver o hoje ou de não se perceber enquanto vivo. é a dor de não saber instigar novos 'perceberes' ou o pesar de não ter agido em favor das vidas dos mortos.
miramar miram ar mira mar mirar amar mirar y amar
(os "carlos" sempre inspiram um desejo de mirar e amar!)

5 comentários:

mauro F disse...

Eu vi essa criança nascer!
"Mira y amar"

meu caro amigo:

acho que a nostalgia está no sangue dos carlos, e somos filhos da raça triste.
Precisamos usufruir do "procedimento reverso" em relação ao leite negro! Ou no mínimo, um aspirador de pó para resolver todos os problemas.

o exorcismo dos nossos problemas é sempre a melhor forma.

mauro F disse...

Amei seus comentários...

obrigado!

eu tava precisando...

Olivia disse...

É, acho que a nostalgia e os questionamentos estao brotando em todos nós.

Amei "miramar"...

. disse...

Infelizmente o tempo no media nada, ele só distancia os fatos mas sempre havera o recuso da memória para brota-los a qualquer momento. As ruinas do puteiro, são somente os entulhos de uma pssado que não nos pertece. Alias, nunca nos pertenceu. As nossas putas são hologramas daquelas que haviam alí. Vamos mirar para outro lugar, o mar só leva o nosso olhar pra longe, continuamos em terra firme. Da mesma forma amar não passa de uma ilusão passageira e nostalgica da nossa infancia, lembra-se como era facil amar naquela época.

falei bobagem...
beijo

Helena disse...

Estou adorando viajar nos seus textos

Helena Antoun