segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Barreira da insegurança

Mais do que as ações que sentimos segurança em praticar. Ás vezes devemos arriscar e ultrapassar as barreiras que impusemos a nós mesmos. Dizem por aí que quando um não quer, dois não brigam. Penso que superar o senso comum é doudo, mas muito mais produtivo é aprender com ele, deixar que ele decodifique novos conhecimentos. Cheguei em um nível de que nada sei, que nem sei mais se eu sei disso. Nada, deve ser paranóia. Sempre foi. Na verdade o que dói não é ver potencialidades sendo barradas de forma brusca e brutal, mas sim ver que isso não é percebido, ou é simplesmente olvidado, obliterado. Não temos tempo para prolixidades, logo vamos ao que interessa.

As muralhas que construímos para nos proteger do resto do mundo, também pode nos isolar dele. Mas isso não é aquele joguinho de extremos, pelo contrário, uma cousa completa a outra, e digo mais, uma cousa é a outra. (Se essas duas características possuem um comportamento tão semelhante deveríamos tratar delas do mesmo modo?) Os pensamentos me enganam, e somente quando estou botando pra fora é que percebo. Afinal, qual era o intuito inicial deste texto? Já não sei mais responder isto. Esses últimos dias eu ultrapassei muitas barreiras criadas ao longo da minha existência. O que tiro disso? Que importa a minha experiência? Está bem, só disse isso porque ainda não sei o que tirar disso. Pelo menos até agora. Pois agora tudo está ficando um pouco cinza. Mas posso adiantar que é bom romper essas barreiras, o que não significa que elas deixaram de existir, eu simplesmente fui além delas. Já é um começo, que terá um desfecho. “É preciso mudar para permanecer o mesmo”. No meu tempo era, “é preciso mudar para que essa porra não permaneça como está!” Mas muita cousa muda. Antes de mim a primeira frase já tinha produzido efeitos extraordinários neste mundinho.

Outro dia me perguntaram se tenho fé. Sabe, aquilo que é capaz de conduzir uma vida? Aquilo que se sente quando o desespero vem em sua direção. Eu não soube responder. Quando se perde todos os valores, é um tanto quanto complicado responder esse tipo de questão. Na verdade o complicado é edificar, em palavras, os ‘novos’ tipos bizarros de valores que te consomem, se é que podemos chamá-los de valores. Num dia diferente deste, porém não menos igual, me perguntaram para que serve a vida. Como alguém pode ser capaz de me perguntar isso? Sou eu quem faz este tipo de pergunta. Como ficamos? Sem explicação, porque eu apesar da necessidade de uma explicação, eu procuro ainda fechar os olhos para ela, e abri-los somente quando for capaz de me fazer entender. Mas já deixo uma pitada de pimenta neste caso: onde estamos procurando a resposta? E mais, seria esta realmente a pergunta a se fazer? Será que não há outras questões para o mesmo assunto?...

Enfim, romper barreiras pode tanto te conduzir para um estouro da boiada, quanto levá-lo para uma rua no momento de um tiroteio. Dá no mesmo? Ah, sei não hein? Sinta a diferença. Avançar é mais uma forma de lutar contra os maiores temores que possuímos. Agora, seria ta simples reconhecer e enfrentar isso? Esta manhã eu esperei por aquela ligação que nunca aconteceu. Vez ou outra, penso em parar quando o suficiente é suficiente.

“i believe in something, but i don't know what it is. it's either the future or the end. it's every reason that i do or don't get out of bed.”